A região Norte do Paraná, terra roxa e muito fértil, era até poucas décadas atrás uma extensa floresta inexplorada. Por volta dos anos 40, esta região passa por uma grande transformação com o surgimento do café. O impacto econômico e social provocado pela cultura cafeeira pode ser comparado, sem exageros, aos impactos da cana-de-açúcar no Nordeste brasileiro no período colonial, ao do ouro na região das Minas Gerais no século XVIII. Nesta região, o café transformou vazios geográficos em regiões prósperas e urbanizadas. Através dele, surgiram vários municípios, atraindo várias ondas migratórias, tanto de mineiros e paulistas, como de imigrantes europeus e asiáticos que juntamente com os brasileiros de diversas regiões, proporcionaram uma especificidade cultural singular.
Até a década de 70 o café gerou centenas de milhares de empregos, colocou alimento nas mesas de milhares de famílias e gerou muita riqueza, a ponto de ser o maior produtor nacional. A cultura cafeeira proporcionou oportunidades nas diversas etapas de sua produção: no plantio e capina das roças; na colheita, na comercialização e transporte até as máquinas de beneficiamento. Sem dúvida, o ciclo do café contribuiu de forma significativa e única para a formação deste Norte do Paraná forte, independente e diferente.
O Cafezal.
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